Em 21/02/2011 às 08h48
Quando Julia Rodrigues abriu o Fisk em Muriaé há três décadas atrás ela sabia o que estava fazendo e qual a marca pretenderia trabalhar pelo resto da vida e hoje ela colhe os frutos do investimento. Apaixonada pela língua inglesa, ela começou a estudar o idioma desde pequena e, depois disso, não largou mais a cultura poliglota.
Em entrevista ao Gazeta de Muriaé, Julia falou um pouco sobre a importância de uma segunda língua no mercado de trabalho e como o inglês e o espanhol tem invadido o vocabulário cotidiano das pessoas.
Gazeta de Muriaé_ Julia, gostaria de saber um pouco sobre a sua relação com a língua estrangeira. Como ela surgiu?
Júlia Rodrigues_ Meu primeiro contato com a língua estrangeira foi na antiga quinta série, no Santa Marcelina. Eu tive uma professora de inglês muito jovem, inteligente, eu gostava muito das aulas. Depois, o colégio oferecia também francês, latim, e eu me saia bem em todas. Acho que aí foi se consolidando meu interesse. Mas, naquele tempo, estudar línguas era caro, pelo menos para mim – filha mais velha de uma família de oito irmãos. Só pude começar a estudar seriamente depois de começar a trabalhar e ter meu próprio dinheiro. Comecei a fazer aulas de conversação com uma senhora americana, e aí começou minha viagem pelo mundo da língua estrangeira.
Gazeta
de Muriaé_ O inglês há 20 anos atrás era tão importante quanto hoje?
Júlia Rodrigues_ Aprender uma língua estrangeira sempre foi
importante e valorizado. O inglês hoje já não é apenas importante, é
necessário. Eu diria que se tornou uma língua internacional. Num mundo
globalizado, onde podemos utilizar e produzir informação sobre qualquer
assunto, diria que a língua inglesa é o veículo, a ferramenta para mantermos
contato com o mundo.
Gazeta
de Muriaé_ Qual deve ser a principal preocupação dos pais na hora de escolher
uma escola de idiomas?
Julia Rodrigues_ Oferecemos cursos de inglês para crianças a
partir de 4 anos de idade. Nesse momento, é importante que os pais fiquem
atentos se a instituição proporciona um bom tratamento para a criança, se
respeita a fase das brincadeiras e se oferece um ambiente gostoso e saudável
para os pequenos. Os pais precisam verificar se a instituição oferece um
ambiente que favoreça a comunicação, profissionais experientes e atualizados,
material moderno e conectado às principais mídias.
Gazeta de Muriaé_ Ao apresentar um currículo, o que você considera mais importante – um segundo idioma ou experiência?
Julia Rodrigues_ Considero que tudo depende da área em que se vai atuar. Para você começar a acumular experiência, com certeza, você vai precisar apresentar conhecimento de uma ou duas línguas estrangeiras. E quando dizemos "conhecimento" não nos referimos a "noções básicas", e sim capacidade de comunicar-se plenamente em outro idioma. Em nosso trabalho, desde os primeiros níveis priorizamos este objetivo – a comunicação.
Gazeta de Muriaé_ Como a população de Muriaé encara a exigência do mercado de trabalho com relação às línguas?
Julia Rodrigues_ Acho que encara muito bem. Aliás, acho que nossa comunidade despertou para a importância da educação no acesso a uma vida melhor. Outro dia, numa papelaria comprando material escolar para minha filha, fiquei observando o sem número de pessoas ali, procurando dar a seus filhos, se não tudo que eles queriam, pelo menos o melhor que podiam, para vê-los animados ao começar o ano escolar. A experiência nos mostra que, as pessoas sempre se apertam um pouquinho para oferecer ao filho um curso de idiomas, ou informática, enfim , alguma ferramenta que o prepare melhor para o mercado de trabalho.
Gazeta
de Muriaé_ Você está abrindo uma nova escola de idiomas no bairro da Barra – a
PBF, que também faz parte da Fundação Richard Fisk. Qual o objetivo dessa nova
empreitada?
Julia Rodrigues_ Neste fim de semana abriremos nossa nova
casa, na Barra. Teremos uma nova bandeira – a PBF. É uma rede de ensino de
inglês e espanhol, incorporada à rede FISK nos anos 80, e que vem crescendo em
todo o país. Nosso objetivo é atender à população da Barra e imediações com a
mesma qualidade com que temos trabalhado por quase 30 anos na FISK. Nossa
cidade tem crescido muito, a Barra é um bairro efervescente e achamos que
merecia uma escola de nível como a nossa. Sabemos que nessa região predominam
as escolas públicas, então o objetivo dessa nova empreitada, como você perguntou, é atender com a qualidade de sempre,
por um custo menor, a todos que nos procurarem.
Gazeta de Muriaé_ Muitos adultos se intimidam em começar um curso de idiomas pelo fato de não conseguirem dominar nem o básico do idioma. Como vocês lidam com esta situação?
Julia Rodrigues_ Mesmo adultos, as pessoas podem iniciar um curso. Elas começam inseguras, com a sensação de estranhamento. Mas nossos professores são preparados para lidar com essas atitudes. Eles conseguem mostrar ao aluno muita coisa que ele já sabe – vocabulário do dia-a-dia, que usam naturalmente e nem sentem que estão falando inglês. O aluno se torna, então, mais confiante e reduz um pouco a apreensão inicial.
Gazeta de Muriaé_ Qual o principal diferencial da sua equipe quando o assunto é ensinar um novo idioma?
Julia Rodrigues_ Nossa equipe começou com o casal de americanos Gavin e Margareth Aitken e seu filho Todd. Eles foram incentivando alunos, que foram se aprimorando, e hoje todos os nossos professores são ex-alunos. Acho também que a mescla de idades e experiências torna esta equipe muito especial. Temos professores com 20 anos de experiência e outros apenas começando.
Gazeta de Muriaé_ Suas considerações...
Julia Rodrigues_ Bem, minhas palavras são de agradecimento. Sou uma pessoa do trabalho. Há quase 30 anos meu pai me ajudou a montar a escola Fisk. Naquele tempo ele achava que eu era empreendedora. Ele devia estar certo... Agradeço a ele. Agradeço à comunidade muriaeense, que sempre prestigiou nosso trabalho frente á Fisk. Agradeço a meu marido, que deixou um pouco de suas atividades para me dar suporte nesse novo início, e a minha grande família, por tudo!