Em 04/10/2023 às 14h33
Uma mulher foi presa na tarde desta terça-feira (03), suspeita de sequestrar uma criança em Uberlândia.
De acordo com a Polícia Militar, eles compareceram no endereço da denúncia, onde uma moradora estaria com uma criança recém nascida, mas de acordo com a denúncia, ela nunca esteve grávida.
A suspeita disse que e menina era sua filha e que nasceu em Belo Horizonte e tinha 112 dias, que nasceu prematura e por isso, ficou na capital, por quase quatro meses até a mesma se recuperar e em seguida veio para Muriaé.
Questionada sobre a denúncia, a mulher disse que a denunciante estava inventando mentiras, porque sua filha perdeu recentemente um filho e não se conformava com isso.
Quando foi pedida certidão de nascimento da criança, a suposta mãe, disse que não tinha feito o registro, e com isso, o Conselho Tutelar foi acionado As Conselheiras, relataram que já alguns meses, receberam uma denúncia de mesmo teor, sobre a envolvida, mas na época nenhuma criança foi encontrada sob seus cuidados.
Hoje, o fato foi comunicado ao Ministério Público e Delegacia de Policia, devido as circunstancias, a suspeita foi levada para a sede do Conselho juntamente com a bebê.
Durante os procedimentos realizados na sede do conselho, a mulher disse que estava passando mal e foi encaminhada pelo SAMU para o Hospital São Paulo, a criança também foi encaminhada ao HSP onde verificou-se que ainda estava com parte do cordão umbilical e que deveria ter no máximo 15 dias de vida e não 112, conforme dito pela "suposta" mãe.
Durante o atendimento da ocorrência, os militares receberam a informação de que uma mulher, moradora de Uberlândia, de nome Eylin, de origem venezuelana, havia procurado a PM, relatando que sua filha tinha sido levada por uma mulher, moradora de Muriaé. Segundo Eylin, elas foram apresentadas por outra mulher, através do facebook e que ela estava disposta a doar a filha, devido não ter condições financeiras no momento para sustentar a criança.
A moradora de Muriaé, viajou até o Triângulo Mineiro, uma semana antes da criança nascer, tendo acompanhado a gestante no hospital, até o nascimento. Assim que a recém nascida teve alta, ficou sob seus cuidados durante dois dias em um hotel, e ambas fora a um cartório para o registro.
Porém no retorno, a mãe da criança comunicou, que havia desistido de doar a mesma e que iria cria-la apesar das dificuldades. A moradora de Muriaé, concordou e disse que iria mudar para Uberlândia e ajuda-la a criar a menina, e pediu para ficar mais um dia com ela.
Depois disso, a moradora de Muriaé nunca mais fez contato com Eylin, não retornou e não atendia mais as suas ligações e não respondia as suas mensagens.
Diante das novas informações que surgiram de Uberlândia, a moradora de Muriaé confirmou a história, que Eylin é a verdadeira mãe da menina, mas que não raptou a menor, que retornou para casa com a autorização de Eylin, disse que estava com os documentos da criança em sua casa, onde o seus esposo, autorizou a busca no imóvel e entregou uma bolsa com diversos documentos, entre eles a certidão de nascimento, onde indicava que a criança nasceu no dia 27 de setembro de 2023 na cidade de Uberlândia, no Hospital das Clínicas da UFU. A certidão continha caraterísticas de adulteração.
Diante dos fatos, os policiais deram voz de prisão para a moradora de Muriaé, que foi submetida a busca pessoal pelas agentes da Polícia Civil, sendo localizado um aparelho celular que também foi recolhido e entregue as autoridades.
A recém nascida ficou sob a guarda do Conselho Tutelar.