Em 14/02/2023 às 22h28
Um jogo do Tombense pela Série B do Campeonato Brasileiro entrou na mira do Ministério Público de Goiás (MPGO).
Uma operação denominada "Penalidade Máxima", foi deflagrada pelo GAECO na manhã desta terça-feira (14), visando investigar uma possível associação criminosa especializada em manipular resultados de jogos de futebol profissional.
De acordo com os investigadores, o grupo de apostadores atuou diretamente em, pelo menos, três partidas da última rodada da série B de 2022. Dentre as divulgadas está o jogo do Tombense contra o Criciúma.
Os outros seriam Sampaio Correia x Londrina e Vila Nova x Sport. Para que pudessem ter êxito no trâmite, os envolvidos procuraram por jogadores para propor ações como, cometer pênaltis, números de escanteios cobrados, entre outras situações.
Investigações:
As investigações apontam que o grupo criminoso atua mediante a cooptação de atletas para a manipulação de resultados nas partidas por meio de ações como, por exemplo, o cometimento de pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas. O objetivo do esquema criminoso é viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, os atletas recebem parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.
Há elementos de que o grupo atuou concretamente em, no mínimo, três partidas ocorridas no final do ano de 2022 na série B do Campeonato Brasileiro de Futebol e estima-se que os valores envolvidos no esquema ultrapassem o montante de R$ 600 mil.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
As práticas delitivas podem se enquadrar nos crimes previstos nos arts. 288 do Código Penal, arts. 41-C e 41-D do Estatuto do Torcedor e art. 1º da Lei n. 9.613/98.
Apoiaram a operação as Polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, além dos Gaecos dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, do Cyber Gaeco do Estado de São Paulo e do Centro de Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.