Em 03/02/2011 às 15h28
Se existe um setor que não conheceu a crise financeira que abalou o mundo no final de 2009 e no início de 2010 foi à construção civil. Basta andar pela cidade para observar que em vários bairros, a construção civil tomou uma dimensão extraordinária: são casas, prédios residenciais e comerciais sendo erguidos, numa velocidade impressionante. Estes números mostram que de uns tempos para cá, investir em construções e tentar fugir do aluguel tem sido uma boa opção.
A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados é a mais clara explicação para este fenômeno. O IPI que terminaria em 31 de dezembro, foi prorrogadas até o fim de 2011 e com isso, novas construções deverão ser anunciadas. A facilidade de acesso ao crédito imobiliário e a desoneração tributária ajudaram muito a impulsionar o setor, que é um dos que mais geram empregos no país. O número de solicitações de alvará para a construção em áreas urbanas e rurais cresceu 80% em relação ao no anterior; entre 2005 e 2008, o crescimento registrado ficava entre 10% e 20%.
De acordo com o engenheiro civil, secretário municipal de atividades urbanas e
coordenador da Defesa Civil João Franca Ciribelli, este aumento se deve a
redução dos IPI de alguns materiais para a construção desde 2009. Ele também
credita a oportunidade de construir ao Governo Federal, que injetou muito
dinheiro na área da construção, que por sinal, se tornou a maior geradora de
empregos no Brasil de uns tempos para cá.
"O governo percebeu que estes projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são quase todos voltados para a implantação de obras e demanda muita mão de obra. Com isto, houve uma elevação de geração de emprego e renda e gerou este crescimento todo. Além disso, a economia teve um aquecimento e os empreendimentos particulares, e as linhas de financiamentos tiveram uma redução nas taxas de juros e houve uma dilatação do crédito, com isso, as empresas resolveram investir mais neste segmento que não para de crescer".
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