Gazeta de Muriaé
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Em 26/01/2011 às 15h34

Eucalipto se torna alternativa para produtores da região

ilustração

Para disseminar a cultura do eucalipto na Zona da Mata e garantir aos produtores rurais uma fonte alternativa de renda a longo prazo, foi criado o projeto Fomento de Florestas Plantadas. A iniciativa é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Atualmente, dez municípios atendidos pela Unidade Regional da Emater em Muriaé participam do projeto, que começou em 2009 e já está na segunda etapa de plantio. Segundo o coordenador técnico regional e responsável pelo projeto, Ricardo Tadeu, a Seapa doa as mudas e o calcário necessário para o plantio. Então, os técnicos locais da Emater visitam as propriedades e orientam os produtores quanto ao manejo correto da cultura.

O coordenador ressalta a rentabilidade como a principal vantagem do plantio de eucalipto. Cada metro cúbico de madeira empilhada rende em torno de R$ 40. Considerando a extensão das plantações e o ciclo de crescimento o produtor terá um lucro de aproximadamente R$ 14 mil. A prática combate ainda o desmatamento, uma vez que o produtor não precisará utilizar da madeira nativa para fins comuns, como a construção de uma cerca, por exemplo.

Ricardo Tadeu explica que a plantação de eucalipto, geralmente, dá resultados após sete anos. Mas, com o auxílio do desbaste, o corte pode ser feito em até cinco anos, no mínimo. A técnica consiste em retirar as plantas mais finas no começo para serem vendidas como escora para a construção civil ou lenha.

Além de cultivar o eucalipto, o produtor também tem a oportunidade de associar a cultura a outras práticas. Muitos produtores estão plantando no sistema silvipastoril, que é a combinação de árvores e pastagens em uma mesma área. Desta forma, há o manejo integrado, recuperando e intensificando a capacidade produtiva da propriedade.

O produtor rural Paulo Corrêa, de Barão do Monte Alto, tem como atividade principal a bovinocultura de leite. Há um ano, ele foi convidado pelo extensionista da Emater, Cristiano Silva, a participar do Fomento de Flores Plantadas. "Decidi participar do projeto devido à rentabilidade do eucalipto, mesmo que a longo prazo", confirma o produtor. Ele afirma que pretende retirar 60% da plantação entre o quinto e o sétimo ano, com a técnica do desbaste. Os outros 40% serão aproveitados entre os 15 e 18 anos de plantio, com a venda de toras de eucalipto.

 

Tags: investimento, negocios, economia, rural, produtor,



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