Gazeta de Muriaé
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Em 03/02/2022 às 10h51

MPMG pede afastamento definitivo de vereador

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa com pedido de afastamento cautelar contra um vereador do Município de Muriaé. A ação aponta que, entre fevereiro de 2014 a janeiro de 2016, o agente político exigiu, diretamente, no exercício do cargo, vantagens indevidas à então assessora da Diretoria Legislativa da Câmara de Vereadores local.

Durante as investigações, foi apurado que a ex-assessora foi coagida a repassar mensalmente mais da metade dos seus vencimentos ao parlamentar, que a obrigou a contrair um empréstimo de R$ 8 mil, parcelados em 36 meses. Ela revelou que foi obrigada a repassar R$ 5 mil ao vereador. Em áudio obtido durante as investigações o agente chega, diante da resistência da ex-assessora, a exigir, ainda que indiretamente, determinado valor em dinheiro, coagindo-a ao repasse mensal a ele.

Além disso, foi apurado que, apesar de ela não ter sido nomeada diretamente pelo vereador, este confirmou que a indicou para o cargo, demonstrando que "a nomeação se deu ao arrepio dos princípios que devem nortear o manuseio de verbas pública, visando tão somente o enriquecimento ilícito do parlamentar".

Assim, na ação, além do afastamento cautelar do vereador do exercício do cargo em Muriaé pelo prazo de 90 dias, o MPMG requer à Justiça a condenação dele às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa: perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por 14 anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público, além do pagamento de reparação pelo dano moral coletivo no valor de R$500 mil.

Fonte: MPMG



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