Depois de uma hora e meia de atraso, os vereadores de Muriaé entraram ontem no plenário da Câmara Municipal para a votação do aumento do IPTU para 2011. Depois da reunião de segunda feira ter sido adiada, quando o assessor jurídico, Dr.Nilson Gouvêa anunciou não haveria reunião, na tarde desta terça-feira (21), ás 16h, poucas pessoas se fizeram presentes na Casa, para acompanhar a decisão sobre o aumento.

O vereador Sargento Joel pediu via ofício e com justificativa que a decisão fosse adiada para, no mínimo, uma semana, já que não houve tempo hábil para que se estudasse o pedido do prefeito, que pedia o aumento de 38%. Mesmo com as ponderações do vereador, por sete votos a três ficou decidido que não haveria adiamento. Mais uma vez por sete votos a três ficou decidido que o aumento seria de 20% - 18% a menos do pedido do prefeito, além do aumento de 20%, na cobrança das taxas do cemitério municipal.

Para o Sargento Joel, que havia proposto um estudo, "o projeto apresentado pelo poder executivo está lesando a população e é imoral, pois ás 16h25 (com a reunião marcada para as 16h) aconteceu um reajuste de última hora, já que a prefeitura se esqueceu de incluir no documento a cobrança das taxas do cemitério. Um novo texto foi feito as pressas, levado para a secretária de fazenda pelo líder do governo e depois para o prefeito assinar".

O vereador Dr. Carlos Wilson deixou claro que acha um absurdo o valor proposto e que 20% é fora da realidade da população para um aumento, já que o salário mínimo no país não aumenta nem 10%.

E da mesma forma o vereador Dr. Lídio Bandeira, se posicionou contra o aumento, já que não houve um estudo do projeto e o valor é fora da realidade do município. "O ideal seria no máximo 10%".

Mesmo com muita discussão, ficou decidido que em 2011 a população deve pagar mais pelo imposto, que este ano veio com as taxas embutidas, sem serem descriminadas e com a taxa de TV, que é inconstitucional, sendo mais uma vez cobrada.

Muriaé é a única cidade no Brasil que cobra taxa de retransmissão de sinal de televisão, sobre a alegação que é para a manutenção das torres.