Em 11/06/2021 às 00h58
Oito pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (10) nas cidades de Juiz de Fora e Divino durante a Operação "Esquema Preferido", deflagrada pelas polícias civis de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Zona da Mata.
A ação teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada em roubos a residências de luxo. De acordo com a Polícia Civil, dois dos suspeitos residem em Divino, um em Muriaé e quatro em Juiz de Fora. O oitavo criminoso, suspeito de homicídio, estava foragido e foi encontrado durante as diligências de quinta.
Segundo as
investigações, o grupo teria roubado pelo menos R$ 5 milhões em espécie, nos
últimos meses além de diversos outros objetos.
Carros de luxo, jet ski e outros materiais também foram apreendidos. A polícia não informou o quantitativo do que foi localizado. Ainda segundo a PC, dois dos suspeitos já haviam sido presos durante a terceira fase da operação "Marcos 4:22".
Os policiais acreditam que os membros da organização criminosa sejam autores de diversos assaltos cometidos nos últimos anos em diferentes municípios de ambos os estados, onde os criminosos agiam sempre com o mesmo modus operandi.
A operação foi
realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais através da Delegacia de Divino, do
Gaeco Zona da Mata e da Polícia Civil do Rio de Janeiro através da 107ª Delegacia
de Paraíba do Sul/RJ. Além disso, contou com o apoio da Polícia Rodoviária
Federal de Minas.
Investigações
As investigações tiveram início após a terceira fase da Operação "Marcos 4:22", deflagrada em março pela 37ª Delegacia de Polícia Civil de Divino. As equipes das polícias civis de Minas Gerais e do Rio de Janeiro iniciaram contato a fim de trocar informações a respeito de suspeitos em comum a ambas investigações e, a partir daí, foi então estabelecido uma parceria entre as equipes.
Em março deste ano, a quadrilha roubou R$ 3.300 milhões em espécie e outros objetos na cidade de Paraíba do Sul/RJ, os quais foram recuperados em parte na terceira fase da Operação "Marcos 4:22".
As investigações revelaram que os criminosos já vinham agindo há um bom tempo com divisão de tarefas previamente delineadas, havendo indícios de participação de mais componentes ainda não identificados.
Os suspeitos de maior hierarquia no grupo e destinatário das maiores partes na partilha dos frutos dos crimes estavam investindo os valores provenientes de tais crimes em imóveis de alto padrão, veículos de luxo, jet-ski etc.
Forma de atuação
De acordo com os policiais, os criminosos abordavam alguém com acesso ao interior do imóvel alvo da ação, do lado de fora do mesmo e, em seguida, forçavam o refém a dar acesso ao interior do imóvel aos demais membros do grupo, sendo todos mantidos sob domínio de armas de fogo.