Em 09/12/2010 às 09h56
Estudo realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com a Prefeitura de Muriaé e Sindivest, sobre a indústria de vestuário da região de Muriaé revelou que o crescimento do setor, entre 2006 e 2009, foi acima da média do Estado. Enquanto o aumento do número de estabelecimentos formais desta área em Minas foi de 8,1%, na região pesquisada, que contempla seis cidades (Muriaé, Eugenópolis, Miraí, Patrocínio do Muriaé, Recreio e Laranjal) o crescimento chegou a 11,9% no mesmo período. A superioridade na geração de empregos foi ainda mais destacada: 13,3% contra 1,6%. Os dados serão apresentados no Diagnóstico da Indústria do Vestuário de Muriaé e Região, que acontece nesta quinta-feira, às 20h, na AABB.
O diagnóstico foi realizado em parceria entre o
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Setor de Confecções de Muriaé
(Condesc), a Prefeitura Municipal de Muriaé e o Sindivest. A execução da
pesquisa de campo coube ao IEL durante os meses de agosto e setembro e também
serviu para atualizar os dados que tinham sido obtidos em outro estudo feito na
região em 2005. "O estudo foi construído por meio das informações dos
questionários respondidos por 202 empresas formais. A amostra foi elaborada a
partir da base de dados do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Minas Gerais
(Sindivest)", informa a coordenadora de projetos do IEL, Marcy Soares. Os
estabelecimentos do setor de vestuário do polo chegavam a 415, em 2009, conforme
dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ainda segundo o MTE, o setor de
confecção corresponde a 65,6% de toda a indústria de transformação da
região.
A produção total da indústria de vestuário das seis cidades é
65,87% na linha lingerie noite e dia (roupas íntimas e pijamas) o que revela a
principal característica da fabricação do polo. Alguns setores importantes ainda
necessitam de melhorias para avançar. Por exemplo, a gestão dos processos
produtivos requer atenção. Apenas 36,87% das empresas pesquisadas já recorreram
à consultoria especializada nesta área. No que diz respeito ao desenvolvimento
de projetos de design, a especialização também é incipiente (menos de 18% das
empresas utilizam serviços de profissionais).
Sob o ponto de vista de
faturamento, a maioria das empresas que participaram da pesquisa foi de micro e
pequeno porte (46,36% em ambos os casos). Apenas uma pequena parcela foi de
médias e grandes (6,62% e 0,66%, nessa ordem). Já pelo critério de número de
empregados, não houve nenhuma grande empresa. Micro, pequenas e médias
representam 74,75%, 21,78% e 3,47% respectivamente.