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Em 28/12/2020 às 12h51

Alta de acidentes pressiona Saúde em novo pico da pandemia

A reabertura do comércio e o relaxamento da quarentena e das medidas de isolamento e distanciamento social, associadas à baixa adesão da população, levaram o Brasil a enfrentar um novo pico de mortes e contágios pelo coronavírus. Com mais de 7 milhões de casos confirmados e mais de mil mortes diárias, o sistema de saúde está pressionado e as vagas em hospitais começam a faltar. Parte dessa pressão se deve também ao aumento do número de acidentes de trânsito desde a reabertura de bares, restaurantes, lojas, shoppings e parques.

Em abril, no auge da quarentena, foram registrados 399 atendimentos relacionados a trânsito no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. No mês de novembro, segundo dados fornecidos pela Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), o número saltou para 698, uma alta de 74,9%.

O aumento no número de acidentes contribui diretamente para a superlotação dos hospitais e dificulta ainda mais o atendimento às vítimas da Covid-19. "Historicamente as vítimas de acidentes ocupam 60% dos leitos de UTI's públicos e privados e 50% das vagas nos centros cirúrgicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Consequentemente a alta dos acidentes de trânsito durante o novo pico da pandemia trará reflexos catastróficos no atendimento aos doentes graves que necessitem de suporte ventilatório", afirma o diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra) e coordenador da Mobilização Nacional dos Médicos e Especialistas em Medicina do Trânsito, Alysson Coimbra.



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