Em 07/09/2020 às 23h08
Um jovem de 26 anos e um homem de 34 foram condenados a seis anos de prisão, em regime semiaberto, pelo homicídio de Adilson Silva Valentim, ocorrido em fevereiro de 2019 em Muriaé. A sentença é da juíza da Vara Criminal da Comarca da cidade, Michelle Felipe Camarinha de Almeida, e cabe recurso da decisão.
O júri popular ocorreu no Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros na última quinta-feira (3). Adilson tinha 34 anos e foi assassinado com pelo menos seis tiros à queima roupa, em 20 de fevereiro de 2019 na Rua Serafim Augustini de Freitas, no acesso ao conjunto habitacional do Bairro Dornelas II. Os réus chegaram em um carro, efetuaram os disparos e fugiram.
Os dois acusados foram condenados por homicídio doloso, que é quando há a intenção de matar. Conforme texto da sentença, o júri considerou que "inexistem situações agravantes". Também não foi colocado o motivo do crime da decisão de magistrada.
A juíza Michelle de Almeida também revogou a prisão preventiva dos réus e pediu para expedir os alvarás de soltura, já que eles poderão recorrer da decisão em liberdade. Para este benefício, a magistrada considerou "a primariedade e antecedentes dos réus e levando-se em consideração que estavam presos há mais de um ano".
Crime
Na época, foi divulgado que testemunhas disseram para a polícia que os autores chegaram em um carro vermelho, dispararam contra a vítima e fugiram. Câmeras de uma residência próxima filmaram o ocorrido, porém, pela qualidade das imagens e do local escuro não foi possível a identificação dos criminosos.
Além das imagens, a polícia recebeu informações de que um dos autores teria um relacionamento com a mãe da companheira da vítima. A mulher tem um veículo com as mesmas características e, após a polícia fazer contato, ela confirmou que o principal suspeito havia saído com o carro, sem saber informar horário e localização.
Segundo a mãe da companheira, o homem que morreu teria ameaçado o suspeito no dia anterior ao crime, após um atrito com a namorada. Ela disse ainda que agressões e ameaças da vítima contra a filha dela já tinham ocorrido diversas vezes.