Em 31/08/2020 às 13h01
Mesmo tendo feito a melhor campanha durante fase de grupos do campeonato Mineiro 2020, o Tombense não conseguiu mostrar o mesmo empenho nos dois jogos da Final, onde perdeu os dois jogos para o Atlético Mineiro e ficou com o vice-campeonato mineiro.
O Tombense tinha duas alternativas para buscar a vitória diante do Atlético-MG no domingo (30). Poderia se defender e apostar em uma bola ou atacar e ceder espaços ao adversário para tentar ganhar a partida.
Fez as duas, tentou como pôde, se dedicou, mas foi inferior ao adversário e perdeu o título do Campeonato Mineiro de forma merecida, diante de um time mais técnico e mais intenso, treinador por Jorge Sampaoli.
Como fez na quarta-feira, Eugênio Souza apostou em
Serginho para inibir o jogo atleticano pelo meio, na chegada da área do
Tombense. No entanto, diferentemente da primeira partida, o Carcará ofereceu
mais espaços, e o time de Sampaoli conseguiu "pisar" na área e levar
perigo à meta de Felipe Garcia. Antes dos 10 minutos, Keno, por duas vezes, e
Franco, já haviam finalizado com perigo.
Algo que aumentou a percepção de superioridade do time de Belo Horizonte foi o fato do Tombense dificilmente atacar. Diferentemente da primeira partida, quando o Alvirrubro pelo menos circulava a bola e respirava um pouco, neste domingo o time não conseguia trabalhar a bola, uma característica do time ao longo da campanha no estadual. Nos últimos dez minutos da primeira etapa, o Gavião conseguiu até chegar pelo corredor esquerdo, mas sem criar chances claras.
Quando parecia que o Tombense seguraria – mesmo com sofrimento – o Atlético-MG no primeiro tempo, uma desatenção proporcionou a Jair abrir o placar para o Galo, em vacilo da zaga alvirrubra entre o primeiro pau e a marca do pênalti após cobrança de escanteio.
Ao irem para o vestiário, os atletas e comissão técnica cacarás sabiam que a mudança de postura para o segundo tempo era o mínimo a ser feito em busca do título. A saída de Serginho para a entrada de Gabriel Lima era esperada. Além disso, Eugênio Souza colocou Maycon Douglas na vaga de Ortega.
Com Lima pela esquerda e Maycon pela direita, o Tombense deu a pinta de que faria uma blitz nos primeiros minutos da segunda etapa, com linhas mais altas e cruzamentos para a área. A necessidade do time era atacar, mas o Alvirrubro seguia sem força ofensiva. Eugênio fez as alterações que podia, colocou Jhemerson no lugar de Ibson, para melhorar a chegada ao ataque.
Mas não deu.
Nos 180 minutos da decisão, o Atlético-MG de Sampaoli foi superior, em termos de intensidade e técnica, e mereceu o título, principalmente na partida final. Nada que apague a grande campanha do Tombense na competição.
O Carcará foi campeão do Interior, teve a melhor campanha na primeira fase, uma das melhores defesas da competição, o artilheiro e chegou à decisão do estadual. Ao time de Tombos, resta a Série C do Brasileirão, que é muito importante para a aspiração do projeto, que é de subir para a Série B.