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Em 28/08/2020 às 15h13

Construção Civil gera milhares de empregos e fatura alto apesar da pandemia

Junho, fim do primeiro semestre, e julho, início do segundo, mostraram números animadores para a economia nacional, mineira e da capital no restante do ano, apesar de impactos possivelmente ainda significativos da pandemia da Covid-19. O Cadastro Geral de Empregos (Caged) do governo federal, por exemplo, aponta que, no mês passado, o país registrou saldo positivo de 131 mil vagas na balança entre dispensas e contratações.

O resultado foi considerado o melhor para julho desde 2012, com expansão de 14% nas admissões e queda de 2% nas demissões em relação a junho. No Estado e em BH, os dados também foram positivos: 15.843 novos postos criados a mais, no primeiro, e 1.128, na segunda.

Um dos principais destaques, sobretudo na capital, foi o setor de construção civil, que parece experimentar um "boom" em meio à crise. Sozinhas, as empresas do segmento responderam, na cidade, pela criação de 2.223 novos postos de trabalho, algo bem perto da metade dos 5.385 gerados em Minas no mês – fazendo do segmento o dono do segundo melhor resultado estadual, atrás apenas da agropecuária, com saldo positivo de 9.819 vagas.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-MG), Geraldo Linhares, a performance foi e tem sido, de fato, surpreendente em Minas e em BH, durante a pandemia. "A construção civil ter sido considerada essencial pelo governador e, com isso, não ter paralisado as obras já iniciadas foram fatores determinantes para continuarmos gerando empregos", afirma ele: "Somos um dos maiores empregadores do país e, agora, carro chefe de postos de trabalho em BH. A indústria da construção puxa a economia e é um dos segmentos vitais para o desenvolvimento socioeconômico do país. Tivemos que nos adaptar neste período, adotamos medidas de seguranças nos canteiros de obras e implementamos as vendas on-line, e fomos realmente surpreendidos com a performance superior ao ano passado", completa.

Outro indicador que comprova a boa fase da construção foi obtido em junho: a venda de imóveis residenciais novos na capital e em Nova Lima cresceu 74,43% em comparação com o mês anterior. Foi o segundo maior número de unidades vendidas no ano (219), ficando atrás somente de janeiro, no qual foram comercializadas 402.

Além disso, segundo dados da Abecip, recursos da poupança para financiar a atividade movimentaram no país, em julho, nada menos que R$ 10,82 bi, com alta de 61,5% em relação ao mesmo mês de 2019 e expansão de 16,7% frente ao mês imediatamente anterior. Foi o maior resultado para julho desde 2013: "Temos um saldo positivo, com o consumidor aproveitando o bom momento de juros baixos, com a Selic no menor patamar da história e boa oferta de crédito para comprar imóveis", diz Linhares.

Fonte: www.hojeeemdia.com.br



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