A Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina (GRS) interditou a ala hospitalar destinada ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Hospital de Cataguases. A interdição aconteceu na última sexta-feira (14), mas a transferência dos pacientes para a Casa de Caridade Leopoldinense, na cidade vizinha de Leopoldina, terminou apenas no domingo (16).

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a fiscalização identificou diversas irregularidades. Não havia médico de rotina para assistência dos pacientes e também coordenador na UTI Covid-19 e faltava capacitação para os médicos. Além disso, foram verificadas "inconformidades nos protocolos clínicos da instituição referente à doença".

A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Cataguases ou com o Hospital de Cataguases, gerido pela Santa Casa de Misericórdia. De acordo com reportagem do G1 Zona da Mata, no momento da interdição havia cinco pacientes na UTI e seis na enfermaria de Covid-19.

A primeira fiscalização da Vigilância Sanitária ocorreu na quinta-feira (13). Diante das irregularidades, os técnicos deram 24 horas para que o hospital sanasse os problemas. Na sexta-feira (14), nova visita foi feita, mas as irregularidades persistiram, o que levou à interdição.

Segundo a SES-MG, os pacientes com condições clínicas favoráveis foram transferidos para o hospital Casa de Caridade Leopoldinense. 

"A SES-MG ressalta que os demais atendimentos do Hospital de Cataguases continuam sendo realizados à população normalmente. O retorno das atividades da ala destinada à covid-19 está condicionado à regularização das inconformidades apuradas", disse a secretaria, por meio de nota.