Em 24/07/2020 às 23h42
É na construção civil, reformas e serviços de pintura, que a Energisa Minas Gerais registra a maioria dos acidentes da comunidade com a rede elétrica. O último levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) aponta que o principal responsável pelas mortes ocasionadas pelo contato com a rede de energia é a construção/manutenção predial, com 55% dos casos em 2018, onde foram registrados 891 acidentes no total, sendo 271 com vítimas fatais.
A Energisa Minas Gerais tem conseguido mudar essa realidade com investimentos e ações de conscientização. Nos últimos quatro anos, mais de R$ 3 milhões foram investidos em obras de segurança para eliminar os riscos de acidentes elétricos causados pelo avanço de construções e ações irregulares próximas à rede. Enquanto em 2019 a empresa registrou seis acidentes, este ano, foi apenas 1. Se compararmos o primeiro semestre de 2019 e 2020, houve redução de 67% do número de acidentes com a comunidade.
E é preciso redobrar a atenção neste período de pandemia, quando muitas pessoas estão em casa e aproveitando para realizar pequenas obras. Embora o levantamento mostre que o número de acidentes reduziu, entre janeiro e junho deste ano, houve um aumento de 17% no número de ocorrências na rede elétrica causadas por terceiros como podas e atividades relacionadas a obras, em comparação ao mesmo período de 2019. Ou seja, no primeiro semestre do ano passado, foram registradas 23 ocorrências, enquanto em 2020 essa quantidade já subiu para 27, comprometendo o fornecimento de energia elétrica de mais de 18 mil clientes.
As notificações de construções muito próximas à rede, que podem causar graves acidentes, continuam: este ano foram 115 solicitações de embargo junto às prefeituras municipais de Minas. Essas situações são comuns. No fim de junho, os eletricistas da Energisa Marco Antônio Pereira Júnior e Leandro José Carlos, perceberam um andaime sendo montado muito próximo aos cabos de energia e rapidamente conseguiram mobilizar os responsáveis para desmontá-lo. "Ficamos satisfeitos de conseguir evitar um acidente grave que poderia levar a morte do pedreiro, servente e de quem mais estivesse trabalhando na construção", relata Marco Antônio.
"Queimaduras, fraturas por quedas e até fatalidades podem acontecer quando a distância mínima de dois metros de segurança da rede de energia não é respeitada. Alguns materiais metálicos não precisam nem mesmo tocar os fios para provocar um choque elétrico. Contratar um profissional especializado e seguir todos os procedimentos de segurança é o recomendável", explica o gerente de Operações, Anderson Rabelo Rosa.
A responsabilidade é de todos. Fiquem atentos aos cuidados que podem salvar vidas: