Bem 100% ninguém está. Seguro 100% muito menos. As reações é que são diferentes. Diversas.
O nível de informações também. Quanto melhor informado, mais amedrontado.
O ser humano é contraditório por natureza. Alterna choro e sorriso. Alegria e tristeza. Bondades e maldades. Independente do jeito de ser.
Ninguém é. Está! As reações humanas são imprevisíveis. Daí certas surpresas com certas atitudes dos vivos.
Medo e coragem se misturam na experiência humana.
Afinal de contas somos um microuniverso. Hora em crise. Hora em calmaria.
A vida, o maior dos acontecimentos, é uma criação imperfeita, pois somos falíveis e surpreendentes.
Pairam sobre nossas mentes, dúvidas e interrogações. E não podemos, nem devemos confundir persistência, obstinação e resignação com equilíbrio.
A bem da verdade, pouco nos conhecemos.
Quanto maior a convicção da certeza, mais perigosos somos. Fujo daqueles que "detém" a verdade sobre as coisas e que possuem uma "opinião formada sobre tudo", como dizia o filósofo Raul Seixas.
No amor e na ciência, "nem sempre, nem nunca".
O que a pandemia vem demonstrando neste pedaço de terra chamado Brasil é que a saúde não é o nosso maior bem. Nossa maior riqueza. Mentira!
Ao lado das dúvidas e das interrogações, do medo e da coragem, a cada dia nos revelamos, enquanto povo, mais egoístas e sórdidos.
Ao lado da falta de planejamento e dos crimes praticados pelas autoridades públicas, que deveriam em tese "proteger" a população, está demonstrado pela pandemia que estamos longe daquilo que se chama de civilização.
O Brasil é o único país do mundo onde as mortes por causas violentas aumentaram durante a "quarentena". Onde os desmatamentos aumentaram durante a "quarentena".
Onde os profissionais de saúde são tratados como "bruxos". Por muitos. Não por todos.
Isso, de maneira geral. Não se ofenda. É que a verdade dói no Brasil. Seja sincero e somente fará inimizades.
Em 11 de abril último, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que seria necessário que o coronavírus circulasse. Afirmou: "é preciso que o vírus viaje um pouco". A mais alta autoridade política do Estado.
Conseguiu.