Em 17/08/2010 às 09h01
Teve início ontem o Curso de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Segurança Pública e Defesa Social de Minas Gerais em Direitos Humanos, promovido pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), com a participação de três mil servidores. Eles são funcionários da Seds, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública e Guarda Municipal, e foram divididos em 50 turmas. A carga horária será concluída em 10 de dezembro.
Para o superintendente de Avaliação e Qualidade do Sistema de Defesa Social, José Francisco da Silva, o conhecimento em direitos humanos é fundamental a todas as categorias envolvidas em segurança pública. “Os direitos humanos precisam ser dominados por esses agentes, que têm o poder seccionado da repressão qualificada e cuja missão principal é proteger a vida”, afirma.
Serão trabalhadas questões ligadas a grupos vulneráveis, como direitos dos idosos e das crianças e adolescentes, violência doméstica, raça e homofobia. José Francisco da Silva conta que essa terceira parte ocupará cerca de 30% das aulas e representará um grande ganho qualitativo da capacitação. “O curso chama atenção para aspectos da sociedade brasileira com os quais é difícil lidar. São setores que necessitam de atenção diferenciada”, diz.
Aprendizado
A agente penitenciária do Presídio de São Joaquim de Bicas I, Adriana Siqueira, integra uma das cinco turmas que começaram as aulas hoje. Para ela, ter conhecimento em direitos humanos é fundamental para que o agente entenda o seu papel de preservar a integridade física e moral dos detentos. “A pessoa está presa, mas não deixou de ser um ser humano, com deveres, mas também direitos. Não cabe a nós julgar os presos”, afirma.