Burnier fica surpreso com material encontrado na Escola São Paulo sobre José AlencarHá pouco mais de um ano, o vice-presidente da República, José Alencar, concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter da TV Globo, José Roberto Burnier, exibida no Fantástico no dia 1º de março de 2009. Durante a conversa, Alencar falou sobre sua longa batalha contra o câncer, mandou recados aos políticos e agradeceu aos brasileiros pelo apoio.
Durante as duas horas em que esteve no apartamento de São Paulo do vice-presidente, Burnier ficou admirado com a força do homem que, então, aos 77 anos de idade, já havia passado por nove cirurgias nos últimos doze anos. A última delas, para a retirada de tumores do abdômen, tinha durado quase 18 horas, tendo sido realizada há exatos 35 dias antes da entrevista.
A ocasião também serviu para desencadear um importante laço de amizade, respeito e confiança entre entrevistado e entrevistador e despertou no jornalista o desejo de relatar a história de coragem e superação de Alencar, através de uma biografia autorizada: “Isso foi fruto de um trabalho. Nós fomos conversando ao longo do último ano e o vice-presidente e sua família perceberam o tratamento que a TV Globo e eu vínhamos dando aos detalhes da doença dele. Assim, aos poucos, eu fui ganhando a confiança deles e conseguindo uma série de informações importantes para o país, visto que ele é vice-presidente”, explicou José Roberto Burnier, na última terça-feira (03), durante uma visita à Escola São Paulo.
Durante toda a semana, Burnier esteve em lugares que fizeram parte da infância e da adolescência de José Alencar, entrevistando personalidades que conviveram com o vice-presidente da República e coletando informações sobre a vida do mineiro de Itamuri, atualmente reconhecido como a figura política mais importante de nossa região. “É um trabalho muito gostoso poder reunir informações sobre uma pessoa tão única. Estou encontrando personagens sensacionais na região, pessoas que participaram da vida do José Alencar, principalmente da infância e da adolescência, já que ele saiu daqui com 16 para 17 anos”.
Um dos principais pontos visitados pelo jornalista foi a Escola São Paulo, onde ele encontrou um rico acervo de documentos sobre o vice-presidente, desfrutando, no primeiro dia de visita, das recordações do Sr. Avertino: “Nós estivemos na Escola São Paulo e o Sr. Avertino me contou que foi colega de classe de Alencar, e a única pessoa, na vida, com quem ele já brigou de tapas. O Sr. Avertino me levou na sala em que o vice-presidente estudou por pouco mais de um ano, fazendo o Ginásio, que depois ele terminou na Escola Edmundo Germano”, completou Burnier.
Ele disse, ainda, que o atual estado de saúde de José Alencar é bom, graças ao tratamento com uma nova fórmula de quimioterapia, realizado em São Paulo, com ótimos resultados. Segundo o jornalista, o câncer do vice-presidente está reduzindo, sem apresentação de crises há algum tempo. Burnier também revelou que ao contar para Alencar que viria a Muriaé visitar a Escola São Paulo, o vice-presidente ficou muito feliz, referindo-se à instituição como um “colosso”.
Para o diretor da Escola São Paulo, José Nicodemos Couto, é uma honra poder contribuir para as pesquisas que irão originar a biografia de uma personalidade tão ilustre: “Como diretor e amigo do vice-presidente, é um motivo de orgulho poder demonstrar que a Escola São Paulo, com 97 anos de existência, é uma instituição organizada, que mantém seus registros em dia, nos permitindo, em momento como esse, de pesquisa histórica, fornecer elementos que serão fundamentais e ilustrativos para este trabalho tão importante do Burnier”.
O diretor falou ainda sobre os documentos relativos ao vice-presidente e que fazem parte do acervo da escola: “O que interessa ao pesquisador é a prova de uma notícia, de um evento, e a Escola São Paulo mostrou documentos que inclusive o próprio José Alencar vai ficar surpreso em saber. Nós temos aqui todo o histórico da vida dele, desde sua vinda de Itamuri, o exame de admissão, as notas, e a solicitação de matricula no 1º ano do antigo Ensino Fundamental. Esta foi também uma maneira da Escola São Paulo mostrar a sociedade a sua organização, inclusive com documentos que hoje são históricos e que, neste caso específico, irão contribuir para relatar a vida de uma personalidade de nossa região. Por isso, eu costumo dizer que o vice-presidente José Alencar ainda é o maior garoto propaganda da nossa escola”, finalizou o diretor José Nicodemos Couto.