Em 18/12/2019 às 11h38
Médicos, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem do Sistema Único de Saúde (SUS) contarão com novas ferramentas para melhorar o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1. A doença é causada pela produção insuficiente ou inexistente de insulina - hormônio que regula a glicose no sangue, garantindo energia para o organismo humano. O diabetes pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte.
O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Mais de 13 milhões de brasileiros vivem com diabetes tipo 1 e tipo 2 no País, conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A International Diabetes Federation (IDF) revela que o Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de pessoas diagnosticadas com diabetes. Quando o recorte engloba apenas crianças e adolescentes com diabetes tipo 1, o Brasil é o terceiro no ranking.
O cenário incomoda e exige que instituições busquem soluções para amenizar a situação. Algumas delas já implementaram medidas que contribuem para a melhora do quadro brasileiro. É o caso da parceria entre a empresa Novo Nordisk, o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS) e o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvido Social (IPADS)
Denominado Glica Melito, o projeto tem como objetivo oferecer conteúdo qualificado às equipes de saúde do SUS que atuam no cuidado do do diabetes mellitus tipo 1. Além disso, o projeto traz um conteúdo específico para o paciente e seu cuidador.
A diretora de Acesso a Mercado, Relações Institucionais e Comunicação da Novo Nordisk, Simone Tcherniakovsky, explica que o Glica Melito conta com cursos, vídeos educativos e uma pesquisa para investigação da implementação do protocolo clínico do diabetes tipo 1 no SUS.
Sobre os cursos e vídeo-aulas de ensino à distância gratuitos com foco na equipe de saúde, Simone afirma que o material está customizado para cada tipo de público.
"São três conteúdos diferentes. Um deles só para médicos, um para profissional de saúde, seja ele farmacêutico, nutricionista ou psicólogo, e um terceiro só para agente comunitário de saúde e técnico de enfermagem. O que difere os três? A profundidade com que se dá o conteúdo. Mas, de maneira geral, todos passam por uma caracterização da doença, epidemiologia, como o SUS está estruturado e fala dos cuidados necessários."
O projeto também é direcionado ao próprio paciente, uma vez que há a disponibilidade de cinco vídeos com foco no autocuidado lançados como uma websérie no Youtube. O presidente do IPADS, Orlando Soeiro, explica que o conteúdo é disponibilizado na ferramenta com a apresentação da personagem Glica.
"Nós desenvolvemos, em um conjunto de atividade com esse personagem, em uma busca contemporânea, com uma linguagem de fácil compreensão, leve, bem-humorada com uma abordagem de conteúdo. Ou seja, além das questões que nós entendemos que facilita o entendimento das pessoas, para pararem e assistirem ao vídeo, fizemos uma abordagem de conteúdo de grande relevância técnica, buscando o controle do diabete mellitus tipo 1 nestes pacientes."
O presidente do Conasems, Wiliames Freire, destaca que o Glica Melito pretende melhorar o que já está implantado no SUS, referente ao tratamento da doença, principalmente na qualificação das equipes, aperfeiçoamento do protocolo clínico e atuando na qualidade de vida dos pacientes.
"O intuito é que possamos desenvolver produtos que orientem a população, equipes municipais e acima de tudo, gestores municipais para que eles possam desenvolver ações junto ao sistema público de saúde e, com isso, orientar cada vez mais os pacientes para que tenham uma qualidade de vida maior."
Os cursos e os vídeos estão disponibilizados online gratuitamente. Para acessar e conferir o projeto acesse www.glicamelito.com.br.