Em 05/09/2019 às 10h12
Vereadores e entidades empresariais denunciaram nesta quarta-feira (4/9/19) o desmonte do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Minas, o que segundo eles estaria ocorrendo por retaliação política e já teria levado ao fechamento de unidades em sete municípios da Zona da Mata e outras regiões do Estado.
O assunto foi discutido em audiência pública da Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), por solicitação da presidenta, deputada Delegada Sheila (PSL). Segundo ela, o Sesc, ao oferecer às comunidades serviços educacionais e sociais, contribui de forma preventiva para manter os jovens longe das drogas.
Conforme os presentes, até agora as cidades atingidas pelo fechamento de unidades seriam Teófilo Otoni e Almenara (Jequitinhonha/Mucuri), Bom Despacho, (Centro Oeste), Santos Dumont, Juiz de Fora e Muriaé (Mata) e Janaúba (Norte de Minas).
O representante do Sesc negou questões políticas e disse que o serviço passa por "revisão de custos operacionais", mas o vereador José Roberto Cajaíba de Oliveira, de Teófilo Otoni, alegou que municípios afetados estariam entre os que mais se manifestaram a favor de uma gestão ética na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).
Ele se referia ao fato de a direção anterior da entidade, que tem o Sesc como integrante do Sistema S, estar sendo investigada por improbidade administrativa e desvios de recursos.
Recursos não faltariam - O vereador insistiu em que as razões seriam perseguição, dizendo que não haveria motivos financeiros, e acusou o Sesc de se antecipar à fala do ministro Paulo Guedes de que haveria cortes no Sistema S, o que chamou de "gestão do medo".
"Minas está na contramão de outros estados ao reduzir investimentos, enquanto obras do Sesc são inauguradas pelo País", disse o vereador.
Para ele, o mesmo poderia estar ocorrendo em Minas, já que o Sesc-MG teria um índice geral de liquidez dos melhores do País: conforme explicou, teria em caixa, para cada real a ser pago, R$ 3,81, contra R$ 0,61 no caixa do estado vizinho.
Leia o release na íntegra no Portal da Assembleia.