A morte de uma menina de três anos e quatro meses, na manhã de quarta-feira (20), vitima de meningite, deixou a população em alerta com um possível surto; a criança foi internada na terça-feira (20). Exames laboratoriais comprovaram a causa do óbito como sendo meningite por haemófilos influenza, uma infecção bacteriana aguda das meninges. Familiares, pessoas íntimas, profissionais da educação e de saúde e alunos que tiveram contato com a menina vão receber quimioprofilaxia por rifampicina, procedimento indicado para os contactantes íntimos expostos até sete dias do início dos sintomas.

Para tranqüilizar a população, o Secretário Municipal de Saúde Dr. Paulo César de Oliveira, o secretário adjunto Wescley José de Souza e o infectologista do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Daniel Licy, deram uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (21), onde afirmaram que o caso da criança é isolado e não existe a possibilidade de surto, uma vez que não foram registrados casos nos últimos anos: "O caso da morte desta criança é um caso isolado, não existem outros registrados na cidade, e ações de profilaxia estão sendo realizadas desde a manhã desta quarta-feira em uma escola particular onde a criança freqüentava, não há motivos para pânico da população, uma vez que medidas sempre foram tomadas pela Secretaria para evitar um surto", disse Dr. Daniel Licy.

A Secretaria de Saúde também solicitou à escola que garanta informações sobre o estado vacinal das pessoas que tiveram contato com a menina, para fazerem parte das ações da SMS e saber a necessidade de imunizações.

 

A Secretaria Municipal de Saúde informa que não há motivo para pânico e reforça que este é um caso isolado e raro.

          

O que é meningite por haemófilos influenza?

Trata-se de uma infecção bacteriana aguda das meninges, comum na primeira infância. Doença de distribuição universal, com alta incidência em crianças, principalmente nos menores de um ano, sendo rara acima dos cinco anos. Após a introdução da vacina conjugada contra o Hib em 1999, a incidência das meningites causadas por esse agente diminuiu significativamene.

A doença é transmitida pelo contato direto pessoa a pessoa com indivíduos doentes ou portadores, por meio das vias respiratórias. O período de incubação é de dois a quatro dias.

Principais Sintomas: Início, geralmente, súbito, com febre, cefaleia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Lactentes, raramente, apresentam sinais de irritação meníngea ou de hipertensão intracraniana, como rigidez de nuca, convulsões e opistótono. Os sinais clínicos iniciais são inespecíficos, comuns a outras doenças desse período, a exemplo de instabilidade térmica (hipotermia ou hipertermia), desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar e vômitos. Pode-se observar, ainda, a presença de outros sinais e sintomas como: agitação, grito meníngeo / criança que grita quando manipulada, principalmente quando as pernas são flexionadas para troca de fraldas e recusa alimentar. A principal forma de prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se, principalmente, que a doença seja transmitida a outras pessoas. Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite. Dentre estas, está disponível no calendário básico de vacinação da criança a vacina contra a meningite por Haemophilus influenzae tipo b.

Prevenção: Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental. Contactantes de casos de meningite por Haemophilus influenzae, devem receber quimioprofilaxia, no prazo de 48 horas da exposição à fonte de infecção, prescrita pelos médicos ou pelas autoridades sanitárias.