O abandono do campo, a descontinuidade de políticas públicas e a falta de recursos financeiros são condições que interferem negativamente na resiliência dos grupos de produtores da agricultura familiar no Brasil e na Argentina. Esse é um dos resultados de pesquisa do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, que avaliou a experiência de agricultores do município de Santa Fé, na Argentina, e no perímetro de irrigação do Jaíba, no Norte de Minas Gerais.
Foram definidos como base de análise dois grupos de agricultores com diferentes tipos de atividades. A autora do estudo, Solange Marcelino, buscou registrar se os membros dos grupos estão preparados e organizados para se manterem como agricultura familiar estruturada. Para isso foram realizadas entrevistas avaliando os capitais financeiro, humano, social, físico e natural em sua relação com a resiliência.Apesar dos contextos diversos existentes entre os entrevistados, perceberam-se semelhanças nos resultados, apontando para a existência comum do êxodo rural, da descontinuidade de políticas públicas para as categorias e da ausência de pessoas com idade produtiva no campo.Solange Marcelino abordou suas conclusões em entrevista para o programa Veredas da ciência, veiculado pela Rádio UFMG Educativa Montes Claros. A reportagem é de Amanda Lelis.
Assessoria de Imprensa do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG