Em 17/08/2019 às 14h04
Dados divulgados pelo Banco Central apontam que a economia opera abaixo da capacidade em todo o Brasil.
Segundo o Boletim Regional, o nível da atividade econômica no Norte recuou, no trimestre encerrado em maio, por conta do fraco desempenho da indústria extrativa no Pará e parcialmente compensado pelo comércio regional e pela produção do Polo Industrial de Manaus.
No Nordeste, o cenário é resultado da combinação de elevação no volume de serviços prestados e, principalmente, nas vendas do comércio, com a retração da produção das fábricas.
A atividade econômica no Centro-Oeste também registrou queda no trimestre encerrado em maio por conta da retração nos setores industriais, especialmente os segmentos da transformação e de energia e saneamento.
Já a economia da região Sudeste do país, nos últimos meses, apresentou um resfriamento no ritmo de recuperação, por conta da produção industrial - impactada principalmente pela atividade extrativa -, e pelo volume de serviços.
De acordo com o Banco Central, a evolução dos principais indicadores econômicos da região Sul reforça o processo de acomodação da atividade no primeiro semestre do ano, em linha com a trajetória observada no país.
Segundo o economista Ciro Almeida, são as reformas estruturais, unidas entre si, que vão fazer com que com que o Brasil cresça economicamente.
"A Reforma da Previdência é o primeiro passo; a medida Provisória da Liberdade Econômica também é uma agendo muito importante; na sequência também a expectativa da Reforma Tributária. Aí sim, a gente está construindo toda uma agenda reformista, que é essencial para a retomada da atividade econômica. E aí, a gente vem com outras sequências, que é a entrada de capital estrangeiro, ancoragem da expectativa de confiança, a segurança jurídica, todo este universo de agendas, de ações, são importantes para a retomada da atividade econômica sustentável do Brasil", ressalta.
No que se refere ao mercado de trabalho, o emprego com carteira assinada dá sinais de abatimento no ritmo de expansão. Por outro lado, o recuo da taxa de desocupação e a expansão da massa de rendimentos sugerem a ampliação da demanda nos próximos trimestres, que deverá ser ampliada pela liberação de recursos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS.