Sem dúvida alguma, uma das palavras mais pronunciadas em todo o mundo, no ano de 2009, foi “crise”. Formado apenas por cinco letrinhas, este vocábulo mostrou sua força, fazendo-se presente em mesas de debates, no Congresso Nacional, na televisão, nos lares, nos ambientes de trabalho e, é claro, no meio escolar.
Foi dentro deste contexto que o Centro Cenecista Educacional de Muriaé (CCEM) realizou, na terça-feira (06), sua “III Mostra Científica”, apresentando a crise como um desafio capaz de ser superado a partir de boas idéias. O evento, que reuniu mais de 450 alunos, pais, professores e demais convidados, teve apresentação de 37 projetos. “Estes projetos falaram sobre a crise no meio ambiente, na política, na sociedade e na economia, para que os alunos pudessem entender a idéia de que é possível melhorar a situação através do conhecimento e de valores”, explicou uma das coordenadoras da Mostra, a professora de Ciências do CCEM, Sônia Aparecida Faria.
Com uma programação bastante atrativa, que incluía a visitação de stands e a participação do grupo DANCCEM, o evento teve, ainda, como coordenadores, os professores Alexandre Horácio Couto Bittencourt e Sandro Areal Carrizo. “Nós coordenamos um projeto sobre a água, que é uma questão fundamental para a vida. Temos o Rio Muriaé, que corta nossa cidade, e os alunos souberam abordar de forma sábia esta temática, que é do interesse de todos”, comentou o professor de geografia, Sandro Carrizo, que é também membro do Grupo “Amigos do Meio Ambiente” (AMA).
Outras abordagens feitas pelos alunos em seus projetos, a partir da temática “crise” foram: “A era do vírus”, “A crise financeira mundial: do início às perspectivas”, “Gripes da História”, “Crises econômicas”, “Mente humana: um mundo em crise”; “Alimentação saudável X má alimentação”, “Crise na saúde: câncer – o enigma da saúde”, “O lixo”, “O trabalho infantil”, “Crise ecológica”, “Reciclagem de lixo”, “Crises emocionais”, “Crise da água”, entre outros projetos.
Para o gerente administrativo do CCEM, Magno José de Oliveira Filho, a diversidade de projetos apresentados na “III Mostra Científica” comprova que os jovens estão “antenados” com o que acontece ao seu redor e que têm propostas para mudanças: “A feira de ciências vem restar a questão da conscientização dos alunos em relação ao meio ambiente e à crise que abalou não só o nosso país, como todo o mundo. E é um objetivo grande nosso resgatar esse tipo de consciência em nossos alunos. Passamos por algumas dificuldades, mas isso acontece com todas as escolas. No entanto, esse evento veio demonstrar nossa força e já em novembro, no dia 15, iremos iniciar a campanha de matrícula em cidades vizinhas, buscando trazer novos alunos para o desenvolvimento de nossa escola”.
Satisfeita com a adesão dos alunos a mais esta proposta do CCEM, a diretora Rachel Silva Matos Latini ficou admirada com a criatividade das crianças, jovens e adolescentes da instituição: “Quisera eu poder fazer, ter um espaço melhor e mais privilegiado para poder demonstrar o quanto esses meninos sabem trabalhar com o conhecimento... Como não temos esses recursos, fazemos o que é possível, mas é interessante ver a animação e o incentivo desta produção de conhecimento fora do ambiente escolar, porque eles saíram da sala de aula e foram para o campo, para as ruas, quadras da escola, etc., buscando alguma coisa que pudesse ser útil para este planeta em que vivemos. Eu acho que a verdadeira mudança do planeta está nesses alunos, que ainda têm muito a oferecer, e é isso o que a gente precisa mostrar”, finalizou a diretora.
