Em 15/05/2019 às 23h58
As principais cidades do País foram palco, nesta quarta-feira (15), de diversas manifestações contra o bloqueio de recursos para a educação, anunciado pelo governo federal. As mobilizações foram registradas nos 26 estados e no Distrito Federal. Além disso, escolas e universidades também fizeram paralisações.
Em São Paulo, a manifestação ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Nas universidades públicas houve o pedido para que as atividades fossem paralisadas. Na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, não houve aula em nenhuma das faculdades. Já a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), deixaram a cargo dos estudantes a decisão de assistir às aulas ou ir ao protesto.
Em Brasília, os manifestantes ficaram em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Dali, seguiram em direção ao Congresso Nacional. O grupo reivindicava mais investimentos nas universidades públicas.
No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram na Igreja da Candelária e, no final da tarde, caminharam pela Avenida Presidente Vargas com destino à Central do Brasil. Todas as faixas da via foram ocupadas pelos manifestantes, já que o trânsito de veículos foi proibido no local.
Em Curitiba, a manifestação ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná. De lá, eles foram em direção à sede da prefeitura e depois o grupo também seguiu para a Assembleia Legislativa.
Em Salvador, a mobilização foi no Largo do Campo Grande, no centro. De lá, os estudantes, professores, sindicalistas e apoiadores da manifestação saíram em caminhada com destino à Praça Castro Alves.
Segundo o Ministério da Educação, o bloqueio preventivo atingiu apenas 3,4% das verbas discricionárias das universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões.
Durante uma entrevista em Dallas, nos Estados Unidos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que os manifestantes são uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil.
Em seguida, Bolsonaro afirmou que não gostaria de contingenciar verbas, em especial da educação, mas que o bloqueio é necessário. Ele disse que a Educação está deixando muito a desejar, que a "garotada", com 15 anos de idade, no nono ano, não sabe fazer uma regra de 3 e questionou: Qual é o futuro destas pessoas?
Por meio de nota, o MEC se colocou à disposição para debater possíveis soluções que garantam o bom andamento dos projetos e pesquisas em curso.