Gazeta de Muriaé
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Em 04/09/2009 às 09h23

DEMSUR- Coleta Seletiva

Lançado pelo Demsur, no mês de abril, e implantando nesta sexta-feira (04), o “Projeto Coleta Seletiva” é uma iniciativa voltada para a resolutividade de problemas nos campos ambiental – através do combate à poluição -, e social - com geração de emprego para a população carente. 
 
Entende-se por “Coleta Seletiva” um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e, a seguir, vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
 
O projeto do Demsur destaca-se, não apenas como uma tentativa de melhorar a situação do aterro sanitário (o lixão), mas de promover uma tomada geral de consciência, fazendo com que as pessoas compreendam que é possível reciclar grande parte dos materiais “jogados fora”.
 
A ação, que conta com o apoio da Fundação Israel Pinheiro – responsável pelo suporte técnico -, teve início com um projeto-piloto, implantado no bairro João XXIII, a partir de uma parceria com a Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz, igrejas do bairro, associações, Posto de Saúde e moradores: “Esta é uma forma de limparmos a rua e até mesmo a casa da gente. Agora é saber fazer a organização do lixo seco, separando do molhado, das vasilhas de plástico, das garrafas de refrigerante e papel de biscoito”, opinou a moradora do João XXIII, Maura Maria Rosa.
 
De acordo com o engenheiro químico do Demsur, Gilberto Vilas Campbell, entre os meses de abril e agosto foram dados os primeiros passos do projeto, em cumprimento à etapa inicial do cronograma: “Nós assinamos um contrato com a FEAM e com a FIP prevendo um trabalho de seis meses. Foi feito um diagnóstico e elaboramos o plano de ação, dentro do qual constavam duas etapas básicas, a de campo, com escolha de rotas e de veículos e sacolas para a coleta, e outra parte, que seguia em paralelo, com a mobilização e a educação ambiental. Esta última, a gente centrou na Escola Gilberto José Tanus Braz”.
 
O centro do trabalho na escola foi a realização de palestras. A partir daí, a instituição escolheu 60 alunos que foram treinados e divididos em grupos para que, ao lado dos agentes de saúde, dessem seqüência ao trabalho de campo no bairro João XXIII – rua por rua, casa por casa -, com a conscientização dos moradores e distribuição de informativos.
 
As casas que aderiram o “Projeto Coleta Seletiva” receberam adesivos de participação. “Acabamos de receber da FIP os ímãs de geladeira e podemos considerar que esta já é uma etapa conclusiva do trabalho de implantação e do contrato com a Fundação. Na sexta-feira já teremos implantada a coleta dos recicláveis, que irão para usina de triagem, para a Associação dos Catadores, no antigo lixão. Vamos começar realmente a trabalhar a Coleta Seletiva agora, primeiro com a fase de dois meses experimentais e, depois, com a manutenção e a ampliação”, explicou Gilberto.
 
O trabalho a ser realizado daqui para frente foi explicado pela engenheira ambiental do Demsur, Isabela Rosa: “Iremos começar a pesar o lixo reciclado diariamente, fazendo o volume dele e, a seguir, encaminhando para o pessoal da ASMAM, visando até mesmo melhorar a condição de trabalho deles no aterro, mandando um lixo mais limpo. Dependendo da adesão, iremos aumentar o número de dias da semana. No início do ano que vem e nos próximos três anos, temos como meta a implantação do projeto nos bairros próximos, até concluir Muriaé inteira”.
 
Segundo o coordenador de Limpeza Urbana do Demsur, Alcemar de Oliveira Jr., os dias escolhidos para a coleta do lixo seletivo foram segunda e sexta-feira: “O grupo de gestores decidiu por esses dias, pois, nos outros, acontece a coleta normal. Pela quantidade e qualidade de lixo, optou-se também por uma caminhonete pequena, que acreditamos que seja suficiente para fazer esse trabalho por enquanto”, explicou Alcemar.
 
Parceira do projeto desde o início, a Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz contou com o apoio dos moradores, instituições e estabelecimentos do bairro. “Quando o interesse é o mesmo, as pessoas percebem que é preciso tomar atitude, independente do poder público e, assim, as idéias vão surgindo. Eu tenho que agradecer muito ao Posto de Saúde, que foi um grande parceiro nosso na colocação deste trabalho em prática. Também trabalhamos junto com os agentes do Demsur, na figura do Gilberto, com os alunos da escola, e com o grupo AMA, na figura do Sr. Dé, fazendo um trabalho conscientizador e avisando as famílias do que iria acontecer, para que eles ficassem bem preparados. A recepção foi muito boa e agora iremos ver o projeto acontecer”, comemorou a diretora da Escola, Vanderléia Castro.
 
Para a prestadora de serviços da FEAM, Rosana Gonçalves, também representante da Fundação Israel Pinheiro, o “Projeto Coleta Seletiva” é uma iniciativa louvável do Demsur, pois traz inúmeros benefícios: “O projeto tem uma parte ambiental, que permite devolver ao meio ambiente aquilo que, erroneamente, a gente chama de lixo, mas que, na verdade, é matéria prima. Atualmente, a gente joga no lixo comum essas matérias-primas, como plástico, papel, vidro e metal, que podem e devem ser reaproveitados. A ação tem ainda o seu benefício social, porque todo o material recolhido é destinado para a Associação de Catadores do Município de Muriaé, onde é triado, sendo o dinheiro, então, revertido para essas pessoas”, finalizou Rosana Gonçalves

Autor: Lúcio Vargas

Fonte: Gazeta de Muriaé



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