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Em 01/12/2018 às 23h19

AIDS: 30 anos de luta, perdas, esperança e vida

Uma longa história de dramas e conquistas. Há três décadas, o vírus HIV faz vítimas por todo o mundo. Mas o Brasil, nessa caminhada, se destaca como referência mundial no tratamento da doença. O Sistema Único de Saúde garante a distribuição dos antirretrovirais e acompanhamento médico dos pacientes.

Para entender essa doença, é preciso voltar no tempo. Os primeiros registros apareceram Estados Unidos, quando 41 jovens foram diagnosticados com o que, na época, se imaginava ser um tipo de câncer. O que intrigou os médicos é que todos eram homens e homossexuais." Não tardou para a doença ficar conhecida como "câncer gay". Ainda no início dos anos 1980, o vírus já tinha contaminado 89% dos hemofílicos dos EUA. No Brasil, em 1982, houve os primeiros sete casos confirmados da doença, em São Paulo.

Todos pacientes de prática homo/bissexual, tendo sido atendidos no Hospital Emílio Ribas, atual centro de referência no combate à doença em São Paulo. Os pesquisadores ainda não haviam chegado a um consenso sobre o nome para esta doença, que era tratada pela imprensa, assim como lá fora, como 'Peste Gay'. No mesmo ano, casos de AIDS foram relatados em 14 países ao redor do mundo. Ainda em 1982, ocorre a primeira Conferência sobre AIDS, em Denver, EUA. A doença foi relatada em 33 países. 


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Desinformação e preconceito (Foto: Raiza Medeiros)

Em relação ao tratamento, e as formas de prevenção, o sucesso das ações é facilmente analisado através das estatísticas. Mas, o que não se pode medir é a discriminação que os portadores do HIV ainda sofrem. A desinformação é uma das principais causas que estimula esse preconceito. Quem vivencia isso, e sabe bem da dificuldade que é conviver com a doença, é a matogrossense Raiza Medeiros. A veterinária, de 29 anos, conta que foi diagnosticada com a doença e que, depois da notícia, a discriminação foi evidente.b>"Eu percebia que as pessoas comentavam é sobre mim e aquilo me incomodava. E aí eu comecei a analisar por que? Aí eu falei: quer saber, pra mim diabetes, câncer, qualquer, é lúpus, HIV ninguém quer ter. É uma alteração de saúde que deve ser tratada e cuidada como qualquer outra", desabafa. 
Graças ao tratamento e cuidados médicos, Raiza está com a carga viral indetectável e vive uma vida plena. Trabalha, viaja, sai com os amigos e familiares e o mais importante, sente-se plena, acima de qualquer vírus.

"Eu não sou o que me aconteceu. As coisas que me acontecem elas não me definem. Eu não sou a Raiza HIV, eu não sou a Raiza veterinária, eu sou a Raiza. Eu sou eu. Eu quero que as pessoas me olhem por aquilo que eu sou."

AIDS NA LINHA DO TEMPO:

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Fonte: Agência Mais News



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