Muriaé recebeu nesta quarta-feira, 8 de novembro, mais uma exposição de esculturas. Aberta ao público e montada na galeria da Fundarte, as Esculturas são de autoria da artista plástica Vilma Nöel, mineira, natural de Diamantina. No total 75 peças fazem parte da exposição, que tem como nome: Inspirações.

  A artista plástica conquistou o mundo com suas esculturas retratando mitologia, religião, espaço, viagens, política, ecologia  e acontecimentos do cotidiano, que inspiram sua criatividade.

  Vilma Nöel é uma artista cujo talento demonstra não só em escultura, como também em pinturas, gravuras e jóias. Formada pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, tornou-se famosa internacionalmente através de exposições coletivas e individuais. Executou trabalhos de grande importância para lugares públicos, praça e parques. Suas obras são encontradas em várias galerias, museus e coleções particulares, entre colecionadores famosos estão Steven Spilberg, Oscar Niemeyer, Ivo Pitanguy e a Fundação Roberto Marinho, dentre outros famosos.

  Em entrevista a imprensa local Vilma destacou sua empatia com Muriaé: "Desde pequena tive muita simpatia por Muriaé e estou sempre passando por essas estradas, observando a cidade, senti uma grande atração, então parei e vi como era a cidade, e a topografia e o clima me atraíram. Quando passei a última vez e vi um pôster de Rodin, pensei: Gente! Que isso, o pessoal daqui é muito ligado a cultura e acho que a arte está em grande evidência aqui, o que não é muito comum nas cidades do interior de Minas".

  Vilma já mora há anos em Nova York, onde possui um ateliê, o que ocasiona em raras exposições feitas no Brasil. "Minha última exposição foi em Minas, no Palácio das Artes e na Fundação Cesita, por ser muito trabalhosa, não faço exposições constantemente, mas não podia deixar de vir a Muriaé e mostrar o meu trabalho", comentou a artista plástica.

  Vilma Nöel se diz ser muito mística e também erótica e coloca isso em suas obras de uma forma muito sensual, bem natural sem forçar nada. Já a parte mística, como disse: "é bem evidente em meus trabalhos, e a todo tempo estou aprimorando isso, somos seres espirituais como seres humanos, e não o contrário.

  A escultora ainda frisou a respeito da arte no Brasil ser muito teórica. "Deviam passar mais para a prática nas escolas, mais atividades artísticas, mas isso acaba se tornando muito relativo, pois o artista nasce, mesmo que ele tenha a parte teórica, ele vá atrás e desenvolve. Em certos estados possuímos grandes artistas, e vejo Minas Gerais como o estado mais culto do país, todos se preocupam com arte e estudo".

  Concluindo, Vilma usou o seguinte termo: "Sou atriz da vida, iluminada na ribalta, tanto faz estar num avião atravessando o pacifico como estar em um avião cruzando as estradas empoeiradas de Minas. Meu estilo de vida é sem barreira e simples. Meu trabalho precisa comunicar com as pessoas que o percebem - meus sentimentos sobre amor, dignidade, beleza, igualdade e fantasia. A forma é secundária. A mensagem é sempre o que importa".

  A exposição está aberta ao público de terça a domingo na galeria de arte da Fundarte até o dia 5 de dezembro.