Gazeta de Muriaé
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Em 09/02/2008 às 07h35

E agora Nacional?

No Carnaval, mais precisamente na segunda e terça-feira, teve início a derrubada de parte do Estádio Soares de Azevedo.

   Atingiu cozinha, vestiários de jogadores e juízes, dormitório, a trave do gol, partes da arquibancada e alambrado.

   Como é do conhecimento de nossos leitores há na NAC dois grupos conflitantes. Um que autoriza o início imediato da derrubada do campo e entregá-lo ao comprador e com as prestações recebidas iniciar a construção do novo estádio; outro, que só aceita a derrubada após a construção do novo estádio, pois guardam na lembrança o triste fim do Estádio Waldemar Alpoim, campo do Paulistano. Processos e mais processos vão sendo constituídos e não poderia ser diferente agora.

  Na tarde de terça-feira foi embargada a obra.

   O Brazão é o único campo com condições de ter jogos de campeonatos importantes como o que recentemente aconteceu (Copa TV Panorama), em que o Operário foi campeão, projetando o seu nome e de Muriaé no cenário esportivo da Zona da Mata e Minas Gerais

  Estivemos na quarta-feira no Estádio Soares de Azevedo, do qual foi derrubado a cozinha, vestiários, parte do alambrado e da  arquibancada, retirada a trave do gol etc, na segunda e na terça-feira.

  Sobre este assunto, o Dr. Alexandre Feres, vereador e ex-presidente do Conselho Deliberativo do Nacional, concedeu uma entrevista que reproduzimos parte da mesma.

1)Embargo da obra

  “A liminar foi conseguida através do Promotor de Justiça, Dr. Fábio Laureano, onde ele reivindica o Nacional como Patrimônio Cultural e o Juiz de Plantão deu esta liminar embargando esta destruição e que eu acho que foi um pouco desrespeitosa com a população de Muriaé, pois ela foi feita a partir de uma segunda-feira de uma semana de Carnaval para que ninguém pudesse ver o que estava acontecendo”.

2)Medidas a serem tomadas

“Vou tomar as medidas junto ao Poder Judiciário e esta liminar, agora, não se sabe por quanto tempo ela mantém o Nacional intacto. Mas existem outras ações que já foram dadas entradas dentro do Fórum, como por exemplo uma Ação Popular que foram colhidas assinaturas de várias pessoas da cidade e tem uma outra ação feita por vários ex-diretores do Nacional reivindicando e querendo saber porque esta diretoria foi eleita e tomou posse, pois pelo Estatuto, a eleição foi feita fora da época, com sócios que não participavam do Nacional, que nunca participaram e que do dia para a noite apareceram”.

3)Parte contábil

“Estamos querendo saber a parte contábil do Nacional, se esses sócios vinham cooperando com, no mínimo, um ano, para ter direito a voto. Estes diretores foram excluídos, não participaram da votação onde foi decidido a determinação da venda ou não do Nacional e tudo isto está sendo questionado na Justiça, através da Dra. Consueny”.

4) Expectativa

“Existem ex-diretores do Nacional que não fazem parte desta situação que querem que o Poder Judiciário, que os Juizes de Muriaé, os que estão tomado conta do caso, que decidam pela prestação de contas com clareza e a garantia de que o novo estádio seja construído e quem estiver envolvido na venda do Nacional, com este dinheiro que é da população, tenha de prestar conta”.

5)Reunião anterior

“Em agosto do ano passado, quando houve uma reunião entre nós, o Promotor de Justiça e a esta diretoria, havia um consenso de que deveria ser formada uma comissão para gerenciar o Nacional, o que até hoje não foi feito e está sendo gerenciado por apenas uma pessoa, ou duas”.

6) Construção

“Quero saber as etapas da construção, quanto tempo, o que se gastaria, como seria feito, em quanto seria entregue a arquibancada, vestiário, estacionamento, alojamento: isto não foi feito. Foi proposto na reunião, onde estavam presentes o Ministério Público, o Poder Judiciário, a diretoria do Nacional e nós, que fomos excluídos por eles. O que existe hoje é um grupo de pessoas tomando conta do dinheiro do povo, sem prestar conta dele”.

Autor: Waltecy Garcia

Fonte: Gazeta de Muriaé



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