Gazeta de Muriaé
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Em 31/03/2020 às 18h03

Dia Mundial da Conscientização do Autismo é pautado por atividades caseiras, união e histórias de superação de famílias devido aoisolamento social

Devido ao Covid-19, famílias relembram essa importante data dentro de casa, e clínica especializada divulga informação de conscientização e atividades pelas redes sociais

Conforme identificado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os indivíduos com deficiências intelectuais e atrasos no desenvolvimento, independentemente da idade, possuem um risco maior de contágio pelo Coronavírus, além de, se infectadas, poderem apresentar condições mais agudas da doença. Incluem-se, portanto, as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista.

Nesse contexto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC, recomenda-se o distanciamento social para diminuir a propagação do vírus, minimizando o risco de infecção para aqueles considerados mais vulneráveis. Esse também é o entendimento expressado pelo Behavior Analyst Certification Board (BACB).

Uma vez que a prevalência do Transtorno do Espectro Autista é de 1 em cada 59 crianças, de acordo com o Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças do Governo dos Estados Unidos, esse assunto deve ser tratado como de responsabilidade pública, ou seja, um dever de todos.

O tema autismo, ainda hoje, é cercado por mitos e pouco conhecimento fundamentado, por parte do grande público.

Ainda que as informações sobre o transtorno e seu tratamento estejam cada vez mais precisas e embasadas por pesquisas científicas, pouco se fala sobre a sociedade e seu papel na inclusão social real, ou seja, aquela que dará condições de fato para que esses indivíduos sejam parte atuante da comunidade, exercendo seus papéis de cidadãos, na medida do possível, com funcionalidade e qualidade de vida.

Como de fato a sociedade tem contribuído para que a inclusão seja eficaz? O que a comunidade oferece para esse público? O quanto se sabe sobre o assunto e como a sociedade age para que ocorram mudanças neste aspecto?

Em meio à crise que a sociedade vive para o controle da disseminação do novo Coronavírus, o Dia Mundial do Autismo, relembrado em todo o globo, é marcado por manifestos disseminados pelas redes sociais. Levar informação de inclusão e sociabilidade é o objetivo de muitas famílias para que essa data não passe em branco.

União das mães através das redes sociais em tempo de isolamento social

Tânia Pezzuol Pellini, aposentada, 60 anos, é mãe de Caio Pezzuol Pellini, de 22 anos, que é estudante de economia e autista. Há alguns anos Tânia já utiliza as redes e o contato à distância para unir mães e ajudá-las nas dúvidas e dificuldades que envolvem a temática do autismo. E mais do que nunca, hoje entende a importância da data e da união das famílias para darem forças umas às outras:

 "As mães precisam de orientação, de muitos lugares longe e sem recurso. Todos os direitos que envolvem os filhos autistas e que elas não têm conhecimento, nós como comunidade atuante precisamos divulgar. Se não tivermos apoio, ficamos perdidos. Seja ele por vídeo, telefone ou redes sociais, o apoio é muito importante nessa hora, ainda mais para esse momento em que estamos vivendo. "

 

 Fabiane e os filhos gêmeos autistas (Foto: Arquivo pessoal)

 

Dia Mundial do Autismo - conscientização e futuro                 

Deixemos nas palavras das próprias mães:

"Como eles estarão no futuro? Não sei ao certo, mas hoje estamos fazendo o melhor que podemos por eles. Todas as ações conjuntas e individuais de conscientização e divulgação do autismo estão ajudando a desmistificar o transtorno. Sem ser utópica, eu vejo um futuro melhor para os meus filhos e para as crianças que ainda nascerão com autismo", enfatiza Fabiana.

E sobre a questão de isolamento social para as crianças autistas, neste momento em que a sociedade está vivendo, a mãe Josiane finaliza:

"Essa situação pode ser por um período que não temos ao certo ainda. Vamos tirar desse momento difícil coisas boas. Sabemos que não vamos estar o tempo inteiro alegres, e tudo bem, não tem problema. Mas aquele momento em que estamos bem, vamos aproveitar com qualidade, porque nossos filhos merecem e eles também não tem culpa de nada, assim como nós. E vamos ter que nos adaptar. E de uma forma que traga benefícios para todos nós, para a família como um todo."

 

CONTATOS PARA ENTREVISTAS (podem ser feitos de maneira remota):

A Get Comunicações disponibiliza para a imprensa os seguintes contatos:

 - Marina Ramos Antonio (Psicóloga, Analista do Comportamento, Consultora e Supervisora ABA do Grupo Conduzir)

- Personagem Tânia Pezzuol Pellini, aposentada, 60 anos - mãe de Caio Pezzuol Pellini, de 22 anos, que é autista e estudante de economia

- Personagem Josiane Mariano, mãe de Heitor, 9 anos, autista

- Personagem Fabiana da Silva Santos Rodrigues - mãe dos gêmeos autistas (Nicolas Eduardo Rodrigues e do Vitor Henrique Rodrigues, de 12 anos)

 

INFORMAÇÕES - GRUPO CONDUZIR

O Grupo Conduzir é formado por equipe de profissionais especializada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), proporcionando um atendimento capaz de oferecer uma interface entre a área clínica e educacional.

Também conta com profissionais da área de Psicopedagogia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, proporcionando o atendimento multidisciplinar, sempre com a base e supervisão de um Analista do Comportamento, otimizando os resultados a serem atingidos.

O foco de trabalho da equipe de profissionais do Grupo Conduzir é o atendimento de crianças, adolescentes e adultos com transtornos do neurodesenvolvimento leve, moderado ou grave, sobretudo as que se enquadram nos Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Para mais informações sobre o Grupo Conduzir, acesse: http://www.grupoconduzir.com.br/

Vídeo Grupo Conduzir:

https://www.youtube.com/watch?v=_ta1107JlHM

Canal do Youtube Grupo Conduzir: https://www.youtube.com/channel/UCklyZPElwuL8TLPZBM7WIYA



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